"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" 1Pedro 1:3

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vídeo Interativo - Reflexão sobre Discipulado

 Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.  E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.  Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:14-16

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um povo zeloso de boas obras.

 
 
[Cristo] a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. Tito 2.14

No cerne do Cristianismo está a verdade de que somos perdoados e aceitos por Deus, não por termos feito boas obras, mas afim de que possamos fazê-las. A Bíblia diz: "[Deus] nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras" (2Tm 1.9). As boas obras não são o fundamento de nossa aceitação, mas fruto dela. Cristo sofreu e morreu não porque nós apresentamos a ele boas obras, mas para "purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras" (Tt 2,14).

É esse o significado de graça. Não podemos obter boa posição diante de Deus por causa de nossas obras. Isso têm de ser presente gratuito. Só podemos recebê-la pela fé, como nosso maior tesouro. É por isso que a Bíblia diz: "... pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8,9). Cristo sofreu e morreu para que as boas obras fossem o efeito, não a causa, de nossa aceitação.

Não é de surpreender que a próxima frase diga: "... somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras" (Ef 2.10).

Ou seja, somos salvos para as boas obras, não pelas boas obras. O alvo de Cristo não é apenas que tenhamos capacidade de realizá-las, mas paixão por fazê-las. Devido a isso a Bíblia emprega apalavra "zeloso". Cristo morreu para tomar-nos zelosos, apaixonados por boas obras. Cristo não morreu apenas para tornar possíveis as boas obras ou produzir uma busca de ânimo inconstante. Morreu para produzir em nós uma paixão pelas boas obras. A pureza cristã não é meramente evitar o mal, mas a busca do bem.

Existem razões pelas quais Jesus pagou o preço infinito a fim de produzir nossa paixão pelas boas obras. Ele deu a principal razão nas seguintes palavras: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.16). Deus é glorificado pelas boas obras dos cristãos. Para essa glória Cristo sofreu e morreu.

Quando o perdão e a aceitação de Deus nos libertam do temor, orgulho e avareza, somos repletos de zelo por amar o próximo da forma como fomos amados. Arriscamos nossas posses e nossa vida, pois estamos seguros em Cristo. Quando amamos assim ao próximo, nosso comportamento é contrário à autovalorização e autopreservação humanas. Dirigimos a atenção a nosso Tesouro e Segurança que transformou nossa vida, ou seja, a Deus.

E o que são essas "boas obras"? Sem limitar o seu escopo, a Bíblia destaca principalmente a ajuda a pessoas com necessidades urgentes, especialmente os que menos possuem e mais sofrem. Por exemplo, diz a Bíblia: "Quanto aos nossos, que aprendam também a distinguir-se nas boas obras a favor dos necessitados" (Tt 3.14). Cristo morreu para nos tomar essa espécie de gente-apaixonada por ajudar aos pobres e aos que perecem. E a melhor vida, não importa quanto nos custe neste mundo: Eles recebem ajuda, nós obtemos alegria, Deus recebe a glória.
 
Autor: John Piper